15 de agosto de 2016

A coexistência entre os estados de ruína e de construção, latentes em São Paulo e a especulação imobiliária aquecendo os processos de substituições das estruturas físicas e simbólicas na trama urbana da cidade, é o campo por onde se desenvolve a pesquisa de Flavia. Em sua trabalho, a intervenção aparece como um elemento ativador de arquiteturas adormecidas, onde cria interferências no espaço através do uso da cor sugerindo uma nova narrativa. Resultado das vivências com estes lugares que se encontram silenciosamente à margem e pelas obras perdurarem no espaço por tempo indefinido, a artista propõem novos desdobramentos visuais através do desenho, da fotografia e do vídeo. 






Arquiteturas adormecidas sobre um vetor entre duas cidades, vista da exposição, MARP, Ribeirão Preto, 2015. Instalação composta por  água, bomba-d’água, mangueira, reservatório plástico, cabo de aço, tubo de pvc, pigmento amarelo, areia e planta, placa de ferro e rodas de trator dos quilômentros 123 e 151 da rodovia Anhanguera. Foto: Mauricio Froldi

25 de janeiro de 2016






Escalas, da série Arquiteturas adormecidas sobre um vetor entre duas cidades, 2015, fotografia, 133 x 170 cm cada.



Quilômetros 195 e 237, da série Arquiteturas adormecidas sobre um vetor entre duas cidades, 2015, fotografia, 60 x 90 cm cada.




Geografia de um lugar contada por ele mesmo, vista da exposição, Zipper Galeria, São Paulo, 2014. Instalação composta por cinta de carga, catraca, mármore branco, adesivo e pintura. Curadoria de Galciani Neves. Fotos de Ivan Padovani e Guilherme Gomes


9 de setembro de 2014

39º SARP

39º Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo - MARP



Alagamento  I  Fotografia impressa sobre papel matte  I  40 x 60 cm  I  2014



 Série trajetos de despedida I Fotografia impressa sobre papel matte I 40 x 60 cm I 2014

Prêmio aquisição. Comissão de Seleção e Premiação:

Gilberto Mariotti, João Loureiro, Nilton Campos e Rejane Cintrão


MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto
R. ribeirão Amazonas, 323, Ribeirão Preto, SP, Brasil
www.ribeirãopreto.sp.gov.br/scultura/marp


13 de abril de 2014


Sem título, Série Trajetos de despedida, vídeo em loop, 2014





Trajetos de despedida me leva de volta ao que tinha deixado de ser a casa dos meus avós. O trabalho acontece sobre uma medida de espaço-tempo, em que o estado de pertencimento da casa flutuava em algum lugar, longe da rua Oliveira Pinto nº 195.

Durante 28 anos de convivência com a casa, estive atenta ao mapa impenetrável da organização dos objetos, onde cada detalhe ocupava seu devido lugar. Minha avó não consentia que as coisas pudessem se misturar e que alguém propusesse uma outra ordem no organismo de sua morada. Entrar na casa exigia cuidado.
No momento de esvaziamento do imóvel, me sinto ancorada à casa. Se abre uma brecha, um “entre”, um “imediatamente”, que me permite adentrar o espaço, para então conceber meu ritual de vínculo, de despedida, de desenho e de apagamento com o lugar.






Sobre Labirintos, o silêncio e o que está para ser construído, 2014


intervenção realizada durante o processo de desmolição de uma escola em Londrina (PA) para ampliação do aeroporto da cidade. O trabalho foi realizado junto aos alunos de Artes Visuais da UEL - Universidade Estadual de Londrina






Alagamento, 2013
Intervenção realizada sobre fachada da Casa Bauer construída em 1924, no porto de Itajaí (SC). 










































































































1/4 de quadra, Tinta acrilica sobre parede, pedra, cabo de aço, azulejo e madeira, 2013. Fotos de Kiko Santos 
Intervenção realizada em terreno em obras na rua Fradique Coutinho em São Paulo

12 de abril de 2014

Planos, furos e dias brancos







Fotografia digital impressa sobre papael algodão  I  Tríptico  I  40 x 162 cm  I  Edição de 3


16 de dezembro de 2013

Residência na Casa das Caldeiras _ Instalação "Conversas na Ponte, sobre sedimento e ilusões"


Durante o período de Residência na Casa das Caldeiras, com o projeto "Diálogos em Obras", realizei a instalação Conversas na Ponte, sobre sedimento e ilusões, construída sobre uma passarela a céu aberto que conecta a Casa com a linha do trem.




















Antigamente usada como acesso para transportar os produtos da fábrica até os vagões do trem, hoje em dia a ponte perdeu sua função original. A ressignificação deste lugar e a potência arquitetônica que apresenta - percebendo aquele espaço como o contraponto entre a sedimentação do tempo e a desaparição das estruturas na cidade-, sustentaram meu desejo em oferecer mais uma historia a esta ponte e abrir o lugar para as pessoas e para a cidade. 




















































A instalação foi construída com madeirit resinado fenólico, pintura, espelhos e uma instalação sonora – esta última realizada pelos artistas Bruno Gold e Ivan Chiarelli. Sobre os madeirits instalados lado a lado - lembrando a construção de uma “maloca” e fazendo referencia aos tapumes utilizados em canteiros de obras - foram feitos recortes de janelas e instalados espelhos de diferentes formatos.

A instalação convida o público a observar a paisagem urbana do entorno da Casa das Caldeiras através de recortes e o efeito provocado pelo rebatimento das imagens nos espelhos cria ilusões, justapondo paisagens.








































Como o passar do tempo o madeirit resinado fenólico de coloração rosa foi perdendo sua cor e este fenômeno acionou na obra a instabilidade temporal que eu tanto buscava.

Período de Residência: De junho de 2013 a março de 2014

Visitas à obra, aberta ao público acontece aos domingos.

Entrar em contato para confirmar horários:    
Associação Casa das Caldeiras [ACCC]
Espaço de Dinâmicas Artísticas e Culturais
Avenida Francisco Matarazzo, 2000 / Água Branca, sp